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Geografia do (in) visível

 

É construindo uma geografia do (in)visível que Selma maria desvenda vias lácteas que riscam o asfalto de uma cidade cinzenta - São Paulo, Hong Kong, Pequim, Nova York?

Poeta (in)quieta, sua poesia reflete o morador que é brinquedo e brincante, tudo ao mesmo tempo, como no jogo de faz de conta. Não há arquitetura opressora que resista ao léxico do brincar.

Gabriela Romeu, jornalista. 

Selma Maria: “o meu território sou eu”

 

escrito analuizagomes.

 

Conheci Selma pesquisando sobre gambiarras. As tais gambiarras que não se definem no dicionário mas no cotidiano brasileiro de quem improvisa para criar, de quem coleciona cacarecos e reinventa objetos, de quem tem muita história para contar. Essa é Selma. “Tridimensional”, descreveu uma amiga em comum. Difícil um texto e fotos transmitirem seu jeito ambulante de viver em poesia. Vou arriscar.

 

Selma tem a alma tridimensional, é uma mistura de artista plástica, escritora e pesquisadora da infância. Seus olhos estão sempre voltados pro chão a procura do que a natureza caprichosamente a oferece. Gosta de catar pedrinhas, folhas e sementes que se escondem perto de bueiros, que ela colhe, recolhe,reinventa.

Nas mãos dela, folhas se transformam num barquinho no rio, pedrinhas numa montanha.

    Mestres do fazer - selma maria
Foto: Samuel Macedo
Foto: Samuel Macedo
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